A verdade é que o que é real, permanece. Independente de qualquer circunstância que a vida possa propor. Ou impor.
Hoje me bateu um desespero. Um desespero sincero: E se tudo se esmaecer, o que é que vai restar? Os amigos, quais serão? A rotina, a mesma? Os lugares, desconhecidos? Haverá algo? Será que sempre foram amigos? Será que era esse caminho a ser seguido? Será que o seu lugar não era em outro lugar? E qual o seu lugar? Ele ainda vai estar lá? Vai restar? Tudo isso vale a pena?
Sei que por hoje, sim.
Hoje não me sinto completa. Me sinto instável, amedrontada, afrontada. Me sinto pequenininha. Como se a qualquer minuto, fosse ser esmagada. Pisoteada. Esquecida.
A verdade é que o que é real, não padece.
Sinto tanto medo que o presente se esvaia. Suma. Tudo está tão certo. Tão real. Tão bonito. Tão como deveria ser. E esse é o problema. Somos obrigados a nos obrigarmos a desacreditar. Por que tudo deve ter um fim? Não deve.
E não terá.
18 de julho de 2016 | 20:30 - quarto viagem
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