não sei se vou ou volto
se avanço ou paro no sinal
te respiro num soco pronto
e te retrato em espiral
no sol recrio o sonho
à noite receio o irreal
cerro os olhos pra longe
enxergar o borrão afinal
tudo incerto e muito torto
ainda que superficial
já me rasga tão profundo
viver a ideia desse ideal
me atiro longe e caio solto
me perco do real
te grito num sopro
“volte, pois não tem final”
27 de fevereiro de 2023 | 17:07 - quarto casal celso
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