O que me move é a inquietude.
É o mundo de possibilidades que existemm nas escolhas e um outro ainda maior que existe nas renúncias. Isso acaba, em alguns casos, me mobilizando a tentar, quando possível, fazer as duas escolhas. Só para descobrir esses dois universos.
Pensando bem, o que me move talvez seja a quietude. É o espaço de tempo que existe até o pensamento. É a reflexão que existe no silêncio que o caos proporciona. Porque ele está ali. Presente. Tão vivo quanto o ruído. Mais denso do que as palavras mais elaboradas. E dentro dele existe uma imensidão. Um outro mundo de possibilidades. Possibilidades ruidosas.
Talvez possa resumir assim… o que me move é a inquietude interna que acontece no silêncio assim como a quietude da mente durante o ruído do caos.
O que me comove é o céu.
É a natureza. Qualquer acontecimento da minha vida, seja ele bom ou ruim, se é que pode-se categorizar assim tão simplesmente, eu olho para o céu. E acho que o que espero dele, é um afago.
A natureza é perfeita. Em todos os sentidos. Não existe imperfeição e apenas forças opostas. O que fica, o que se vai. O que colhe, o que serve de adubo. Ela é tão perfeita, que mesmo nós, tão imperfeitos que somos, quando nos vamos, adubo viramos.
Somos tão minúsculos na mesma proporção que somos capazes. Somos gigantes ao mesmo tempo em que somos impotentes.
Somos instante. Somos o presente.

29 de Abril de 2020 | 21:56
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