Um vazio que suga pra dentro até virar avesso
Embola e desvira, aperta um nó tão firme, agudo
É a incerteza
A completa falta de recursos palpáveis
Infinitas dúvidas espirais que chegam numa rajada e se esvaem como fumaça
É o caco de vidro sob os pés; necessidade de pisar mas medo da ardência
Camada ultrafina quebrável entre a felicidade e o desespero
Um instante
Tudo
Muda
Medo
Suga
O vazio é eco, breu, lanças afiadas
O desconhecido assustador de infinitas possibilidades sem certeza alguma de alguma bondade
Aflição
Incredulidade
Navegar de novo num barco frágil
Quebrável
Catatônica fé, abalada pela falta de entendimento, de explicação e motivo
Quero um peito para poder me aquecer
Respostas breves, há de ser
01 de maio de 2020 | 02:07
quarentena
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